Polícia ainda aguarda o resultado
do cruzamento do material biológico encontrado na menina com o do DNA do menino
que confessou o crime. Com o resultado, polícia vai ter certeza se adolescente
cometeu crime sozinho.
Por
Lúcia Leão, TV Globo

Raíssa foi encontrada morta em parque de SP — Foto: Arquivo Pessoal
A perícia concluiu que a menina Raíssa
Eloá Caparelli Dadona, de 9 anos, foi estuprada e morta por
asfixia mecânica em 29 de setembro no Parque Anhanguera, na Zona Norte de São
Paulo.
A Polícia Civil ainda
aguarda o resultado do cruzamento do material biológico encontrado na menina
com o do DNA do menino de 12 anos que confessou o crime. Só com o resultado
desse exame, a polícia vai ter certeza se o adolescente cometeu o crime
sozinho, ou se teve ajuda de outra pessoa.
Dois laudos concluíram
que a menina foi espancada, estuprada violentamente e morreu sem conseguir
reagir. Os documentos foram encaminhadas ao Ministério Público.
O adolescente de 12 anos
está apreendido na Fundação Casa e é o único internado no
estado pelo crime de homicídio.
Por decisão da
Justiça, o menor foi apreendido e vai ficar 45 dias no programa de internação
provisória da Fundação Casa, até que a investigação seja concluída.
Adolescentes eram próximos
Raíssa
e o menino de 12 anos que confessou tê-la matado sozinho eram muito próximos,
de acordo com a mãe da menina, Rosevânia Caparelli Rodrigues, e vizinhos no
bairro do Morro Doce, Zona Norte da capital. Os dois moravam na mesma rua, a
menos de cem metros de distância.
Segundo a mãe de
Raíssa, o adolescente falava pra todo mundo que a menina tinha autismo.
"Até nas barraquinhas do CEU."
"Minha filha era
muito rígida, ela não ia com ninguém. Nem com minha irmã nem com meu cunhado.
Ela confiava nele."
Os vizinhos contam que
Raíssa e o adolescente de 12 anos brincavam muito na rua de casa e também no
Centro Educacional Unificado (CEU) Anhanguera, de onde Raíssa desapareceu.
Amigos da família
contam que os dois estavam tão apegados que a mãe de Raíssa levou o menino a um
culto, junto com filha, no mês passado, em uma igreja evangélica no Jardim
Britânia.
Cronologia
29
de setembro:
· Raissa Eloá brinca com o irmão e a mãe em uma festa no CEU
Anhanguera, por volta das 12h; a mãe deixa ela na fila do pula-pula para
comprar pipoca para o irmão e não a encontra mais.
· Raíssa é encontrada morta em
árvore no Parque Anhanguera, por volta das 14h.
· O adolescente procura a segurança do parque e disse que
encontrou o corpo de Raíssa. Neste primeiro momento, o menino não afirmou que
conhecia a vítima.
·
30 de setembro:
· O corpo de Raíssa é enterrado no
Cemitério Municipal de Perus.
· Vizinhos contam que a menina e o adolescente se conheciam e
que eram próximos.
· O adolescente confessa para a família que matou Raíssa e é
levado pelos pais até a delegacia. Lá, ele afirma que foi coagido a matar
Raíssa por um homem que estava em uma bicicleta verde. Quando a polícia
consegue as imagens em que a menina e o garoto andam de mãos dadas, ele
confessou ter agido sozinho.
·
1º de outubro:
· Na madrugada, adolescente confessa em depoimento à
polícia que matou Raíssa.
· A Justiça determina apreensão de adolescente.
· Raíssa é homenageada por alunos do Núcleo de Apoio à Inclusão
Social para Pessoas com Deficiência (NAISPD) onde ela era atendida há cerca de
um ano.
· O adolescente é levado para a Fundação Casa.
·
2 de outubro:
· A mãe de Raíssa fala sobre o dia do
crime e diz que a filha confiava no adolescente.
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